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Nem precisamos dizer o quanto gostamos de contar sobre a história de Jaraguá do Sul. E não tem forma de melhor de trazer esses fatos do que contar um pouquinho da vida de pessoas que foram precursoras na fundação e desenvolvimento da cidade.
Por isso, depois da primeira edição, temos mais um post sobre os figurões históricos que cedem seus nomes para as principais ruas do município.
Vamos conhecer essas figuras da Jaraguá do Sul histórica tendo como referência dados do Arquivo Histórico de Jaraguá do Sul Eugênio Victor Schmöckel e demais fontes de pesquisa.
Waldemar Grubba: o primeiro prefeito eleito
Uma das principais ruas da cidade passou a homenagear o primeiro prefeito eleito de Jaraguá do Sul em 1999. Tecnicamente é a BR-280, mas recebe um nome “próprio” por se tratar de um trecho urbano da rodovia.
Voltando ao personagem principal, Waldemar Grubba nasceu em solo jaraguaense em 12 de setembro de 1901, era filho de Bernardo e Maria Elizabeth Moser Grubba.
O seu Waldemar foi dirigente da empresa do pai na juventude e depois começou carreira política.
Entre 1932 e 1934 foi intendente do Distrito de Jaraguá, quando aqui ainda era território de Joinville.
Com a emancipação, em 1935 foi o primeiro prefeito a ser efetivamente eleito. Depois foi vereador, deputado estadual, voltou a ser vereador e mais uma vez prefeito entre 1956 e 1961.
Bernardo Bornbush: um colonizador do Distrito Jaraguá
A história dessa figura vai para a Alemanha em 1863, ano em que Bernardo Bornbush nasceu. Infelizmente existem poucas referências históricas sobre esse colonizador alemão.
Contamos com a colaboração do leitor Márcio Batista Martins e do Arquivo Histórico de Jaraguá do Sul para resgatar alguns dados.
Não se tem a data que ele chegou a Jaraguá do Sul, mas estima-se que foi por volta de 1893, pois foi nesse ano que comprou o “lote 798” do Domínio Dona Francisca.
Por aqui, ele teria sido lavrador, como foram muitos imigrantes.
Bernardo foi casado com Maria Paps Dornbush, com quem teve um filho: Rodolfo, nascido em setembro de 1897. Rodolfo foi patrono de uma escola que leva o seu nome, na Vila Lalau, por ter sido doador do terreno em que ela foi construída.
Possivelmente foi por ali que Bernardo se estabeleceu, deixando a área para o único filho quando faleceu em 1940 – mas essa parte é especulação.
Padre Francken: da Matriz ao Colégio São Luís
A rua do Padre Francken pode ser curtinha, singela, mas está no meio de pontos super movimentados da cidade: shopping e Terminal Urbano. E a localização faz sentido, afinal, ele foi uma pessoa da comunidade.
Quando se fala em Padre Francken se fala em pioneirismo: foi ele o precursor do que hoje é o Colégio Marista São Luís, além de ter mexido mundos e fundos para erguer a Igreja Matriz de Jaraguá do Sul, que na época não era São Sebastião, mas sim dedicada à Santa Emília.
Nascido na Alemanha, o padre da Congregação Sagrado Coração de Jesus chegou na cidade em 1911 para “pastorear” as comunidades do Distrito Jaraguá ao lado do padre Henrique Meller.
Aqui eles alugaram duas casas onde recebiam os fiéis e onde começaram uma escola paroquial com 36 alunos. Era a chamada “casa dos padres”.
O padre Francken passou vários anos buscando recursos para erguer a igreja que conseguiu ser inaugurada em 1917 – no mesmo local onde uma nova edificação para a matriz foi feita anos mais tarde.
A construção da escola paroquial também foi sua realização, os primórdios do que se tornaria o Colégio São Luiz.
Jovem, o padre faleceu de tifo em 1919.
José Theodoro Ribeiro: precursor da Ilha da Figueira
Nas referências sobre a nomeação da rua que corta um dos bairros mais populosos, a Ilha da Figueira, José Theodoro é descrito como um “paladino” na formação de Jaraguá do Sul.
Nascido em Barra Velha, ele teria chegado em Jaraguá do Sul em 1922, quando completou 30 anos de idade.
Em entrevista anos mais tarde, o neto Orlando contou que avô chegou a cidade a bordo de uma canoa. Pensa na viagem de Barra Velha a Jaraguá do Sul pelo Rio Itapocu!
Por aqui ele foi um agricultor com muitas terras na Ilha da Figueira. Conta que ele teria aberto no facão o caminho para chegar até a terra de “verdejantes matas” que comprou, pois não haviam estradas.
Estabelecido aqui, se casou com Maria Rozisse, de origem francesa, que veio com a comitiva de Emílio Carlos Jourdan para fundação da Colônia Jaraguá.
Teve alambique, moinho para fabricação de farinha e melado. e importante atuação comunitária. Ele foi doador do terreno onde foi construída a escola Erich Blosfeld.
Sobre o artigo que você leu
“Antigamente em Jaraguá do Sul” é uma série que investiga, resgata e preserva a memória de histórias, rotinas, pessoas e fatos que moldaram a identidade de nossa cidade. Tem alguma curiosidade ou dica que queira compartilhar com a gente?
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