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Jaraguá do Sul teve vários cinemas ao longo dos anos, foram mais de cinco desde a década de 20. Quem achava que sentar para ver um filmes por aqui é coisa dos tempos modernos, se enganou: tudo começou em preto e branco e sem som.
De acordo com informações do Arquivo Histórico de Jaraguá do Sul Eugênio Victor Schmöckel, antes mesmo de Jaraguá do Sul ser emancipada, quando ainda era um distrito de Joinville, existiam os os Cine Mielke e Cine Jaraguá (Artur Muller e Cia). Isso por volta de 1920.
Em 1927, Erich Doubrawa criou o Cinema Central e passou a fazer sessões no Salão Buhr, na rua Emílio Carlos Jourdan.
Até a década de 30, o cinema era mudo, sendo que grupos musicais faziam o acompanhamento instrumental das sessões de cinema.
Em 1934, Doubrawa adquiriu em São Paulo um aparelho que operava com o método Movietone, garantindo a sincronização entre som e imagem. Isso passou Jaraguá do Sul para a era do cinema sonoro, fato anunciado no jornal com entusiasmo.
Além dessas estruturas onde a população acompanhava os grandiosos filmes, o Arquivo Histórico pontua que na década de 40 José Julianelli, um dos precursores do cinema em Santa Catarina, fazia sessões itinerantes, com passagem registrada pela cidade em 1941.
Uma notícia de 1948 do OCP anunciava o novo cinema, que seria inaugurado dentro de “poucos dias”. Chamado de Cine Ideal, dos empresários Albertos Santos e Harry Karger, que funcionaria no salão de José Müller.
Briga por bons filmes
Por volta de 1957, o Cine Buhr – provavelmente uma mudança de nome do Cine Central que funcionava no Salão Buhr – teria sido “arrendado” para uma empresa que dominava o mercado do cinema em Santa Catarina.
Uma notícia na capa do O Correio do Povo de novembro daquele ano fazia uma reclamação sobre o serviço, que havia deixado de ser um negócio local, mas a qualidade estava piorando.
Os melhores filmes não estariam chegando a haviam recorrentes casos de cancelamento da sessão em cima da hora porque “não veio o filme”, como relata a notícia.
Modernizando
Em dezembro de 1959 é inaugurado o Cine Jaraguá. O novo espaço de lazer prometia os melhores filmes, oferecendo ampla tela panorâmica e recursos técnicos avançados para a época.
O Cine Jaraguá S/A era uma empresa de cotas. Quando o cinema se firmou no mercado, os sócios majoritários adquiriram as cotas dos demais, permanecendo na sociedade Artur Breithaupt, Durval Marcatto, Mario Muller, Oswaldo Heuser e Empresa Max Wilhelm (Nelson Driessen).
Este cinema foi fechado no início da década de 90, mais tarde o prédio foi demolido para dar lugar ao Shopping Breithaupt.
Depois de anos sem salas de cinema, a inauguração do shopping com abertura de salas de cinema aconteceu em novembro de 1999. Eram três salas com capacidade para 470 espectadores, comandada pelo grupo GNC.
Em setembro de 2006, o Grupo Arcoplex assumiu a gestão do cinema no Shopping Breithaupt e segue até hoje. Atualmente no Jaraguá do Sul Park Shopping existem cinco salas, incluindo com tecnologia 3D, completando a capacidade para quase 900 espectadores.
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