No próximo domingo (14) comemora-se o Dia dos Pais, data que homenageia aqueles que dão carinho, educação e participam ativamente da vida dos filhos.
Ser pai é uma missão de vida, que pode ser planejada ou chegar de surpresa. Não importa como, a figura paterna é uma fonte de inspiração para os filhos e tem significados únicos na vida de cada pessoa. Nos dias atuais, muitos tem se aprofundado nessa experiência para descobrir novas formas de educar os pequenos e dar um novo significado para a paternidade.
Para ser um verdadeiro pai, é preciso muito mais do que atribuir o nome à certidão de nascimento da criança. É preciso estar verdadeiramente próximo do filho, contribuir ativamente na educação, dar carinho, afeto e amá-lo incondicionalmente.
A modernidade permite que os pais de hoje em dia estejam mais presentes, com uma forma diferenciada de criar os filhos e novas maneiras de exercer um papel tão essencial. Jaraguá do Sul está cheia de histórias inspiradoras e de figuras paternas que são verdadeiros exemplos e fazem a paternidade ser muito mais do que um dever.
Jaraguaense participa ativamente da rotina dos filhos
O jaraguaense Francisco José Cardoso da Cunha Júnior é analista de sistemas e tem 41 anos. Ele é pai de dois meninos, de 11 e 9 anos, João Pedro e Rafael. Ele conta que se esforça para ser pai presente, ensina e também aprende com os filhos. “Eu tento estar sempre presente, acompanhar as coisas que eles curtem, ser amigo e tento também sempre ensinar algo pra eles, mas muitas vezes sou eu quem aprendo.”
O analista tem a possibilidade de trabalhar no formato remoto, o que facilita o convívio com as crianças. “Posso ajudar mais e estar perto. Tento ajudar nas tarefas, educar, levar na escola de vez em quando. Nos momentos de lazer jogamos futebol, videogame e andamos de bicicleta.”
Para ele, a paternidade é lotada de obrigações, mas também tem momentos especiais e inesquecíveis. “É uma grande responsabilidade, você participar diretamente na formação moral de uma pessoa, mas é algo que se for feito com amor e leveza será extremamente prazeroso”, diz.
Seja socialmente ou dentro da própria família, o papel dos pais está sendo reinventado constantemente, diante de tantas mudanças na sociedade que a atualidade provoca. Depois que se tornou pai, Francisco passou a acreditar ainda mais nisso e procura aplicar no dia a dia todos os valores que adquiriu com a experiência da paternidade.
“Eu entendo que o pai deve dividir com a mãe a carga de educar os filhos e tentar torná-los boas pessoas. Deve principalmente ser amigo e ter uma relação franca e de mão dupla, não aquela coisa de comando e controle de antigamente. Eu acho que os pais precisam não só ensinar, mas também aprender com os filhos”, explica.
Muitas vezes, um verdadeiro exemplo está dentro de casa, como foi o caso de Francisco, que tem o pai e o falecido avô paterno como inspirações de seres humanos e também de figura paterna. “Sempre tiveram essa relação gostosa de carinho e amizade de pai pra filho e de avô pra neto”, conta.
Ser pai é muito mais do que uma ligação biológica
Ser pai é muito mais do que apenas gerar, e isso fica claro na história do jaraguaense Max Vinícius de Oliveira, de 23 anos. A paternidade envolve dar educação, exemplos, afeto, participar da vida escolar e dos momentos de alegria e tristeza. A partir do momento que alguém se torna pai, seja biológico ou não, a vida muda e passa a existir alguém a mais para se preocupar.
O jovem passou a lidar com as responsabilidades da paternidade ao assumir o filho da esposa, o pequeno Elohan Gabriel. A criança tem cinco anos e ganhou uma irmã há um ano, a bebê Maria Luisa. Apesar de apenas a menor ter ligação biológica com o pai, o carinho e amor é igual para os dois, com muitos momentos especiais. “Procuro ser bem participativo nas horas que eu tenho folga, brincar, passear, fazer eles se divertirem”.
O exemplo de paternidade veio de casa, pois Max teve um lar onde o pai sempre esteve muito presente. “Na minha infância, meu pai fazia muita coisa comigo e com o meu irmão. Eu me inspirei nele no modo de ser com os meus filhos, procuro levá-los para passear bastante, viajar, fazer coisas divertidas, não ficar só na rotina de casa”, conta. “Estou sempre presente, seja na hora que precisa levar ao médico, levar para passear… Ser pai é fazer parte da vida deles no dia a dia”, complementa.
“É bem divertido ser pai, eu nunca imaginei, mas hoje em dia sou pai de primeira viagem e a gente se diverte, brinca e conversa bastante. De manhã quando eu acordo faço o café para eles, depois eles vão brincar e assim vai indo o dia a dia”, conta Max.
Atualmente, a Lei de Registros Públicos permite incluir o nome da madrasta ou do padrasto na certidão de nascimento. O enteado pode ser reconhecido como filho e ter o nome do familiar como pai ou mãe no registro, apesar desse não ser um método obrigatório e depender da escolha da família.
Para quem sempre almejou ter o nome do pai de coração na certidão de nascimento, é uma conquista recente, pois que até alguns anos atrás, a possibilidade de inclusão não era prevista legalmente. Atualmente, o procedimento pode ser realizado diretamente no Cartório de Registro Civil, através de um pedido feito pelo responsável legal da criança e com a permissão do filho, se tiver 12 anos ou mais.