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Luxemburgo não está entre os países mais conhecidos pelos brasileiros. O nome pode até remeter a um técnico de futebol num primeiro momento. Mas foi justamente este pequeno Grão-Ducado europeu que fez a jaraguaense Daniela Maçaneiro, 36 anos, deixar a terra natal em 2017.
O interesse pelo país surgiu em 2015, quando Daniela descobriu que sua família era descendente de luxemburgueses. Dois anos depois, com o passaporte e malas em mãos, ela resolveu ir morar no local.
Luxemburgo é o último grã-ducado ainda existente. O governo se caracteriza por uma democracia representativa parlamentar com um grão-duque como monarca constitucional.
A população é de pouco mais de 500 mil pessoas, mas o país tem uma economia altamente desenvolvida, com um dos maiores PIB per capita do mundo.
A conquista de um emprego
Formada em administração com habilitação em comércio exterior na antiga Unerj, a jaraguaense se candidatou pelo LinkedIn em vagas que pensava que poderia dar conta.
No país, há três línguas oficiais: francês, alemão e luxemburguês.
Como Daniela falava apenas inglês, ela optou por vagas em bancos americanos. “Achei que meu inglês era intermediário, mas era o básico, aí decorei toda a minha entrevista e detalhes da minha vida para se sair bem”, conta.
Antes de conseguir um cargo no banco State Street, Daniela trabalhou em lanchonete, em exposições de arte e limpando casas.
“Vendi meu carro no Brasil e vim com esse dinheiro. Em três meses acabou e precisava de um emprego. Agora, estou há um ano e 8 meses no banco e acabei de ser promovida”, comenta.
Daniela começou como associate nível um e passou para o nível dois, uma espécie de teen líder.
Ao descobrir que tinha familiares em Luxemburgo, Daniela enfatiza que “guardar o passaporte na bolsa não era uma opção”, mesmo não tendo tantas condições financeiras. Um primo, irmão e amigo moram com ela atualmente na capital do país.
A vida gastronômica em Luxemburgo
Daniela relata as diferenças culturais são várias, principalmente em relação ao comportamento social. No entanto, ao comparar o país com Santa Catarina e Jaraguá do Sul, as semelhanças são maiores.
Um exemplo citado pela jaraguaense é a gastronomia. “Tem muitas comidas parecidas, como marreco, joelho de porco e chucrute”, aponta. O estilo de vida e as roupas usadas são outras questões parecidas.
Os pratos que Daniela mais gostou até agora foram os com carne de carneiro. Ela ainda observa que Luxemburgo é uma cidade cosmopolita e com presença de culinária internacional.
“Você encontra na mesma rua comida italiana, indiana e marroquina”, enfatiza.
Bebidas como o vinho e champanhe são encontradas a preços mais acessíveis, segundo a jaraguaense.
Diferenças culturais e a barreira do idioma encontradas em Luxemburgo
Conforme Daniela, no Grão-Ducado, as pessoas são mais reservadas. “Quando cheguei em Jaraguá, 21 anos atrás, eu também senti isso”, completa. A administradora nasceu em Rio do Sul e morou na cidade até 1995.
Assim como na região Sul, ela acredita que em Luxemburgo as coisas são mais fáceis para quem tem “olho azul e é loiro”.
Uma das maiores dificuldades de Daniela é o idioma. Ela tem passaporte e identidade luxemburguês, mas não fala nenhum idioma oficial.
“Nas blitzes, os policiais ficam bravos”, diz. Agora, a jaraguaense está fazendo aulas de francês.
Para facilitar a adaptação ao novo lar, ela pediu para levarem a cachorrinha de estimação em dezembro do ano passado para lá.
Daniela comenta que conseguiu fazer amizades, mas elas não se comparam com os laços deixados no Brasil. “Isso sentimos falta sempre. Eles aqui são mais distantes, mas tenho amigos brasileiros também”, explica.
A jaraguaense planeja ficar pelo menos mais oito anos em Luxemburgo para reservar dinheiro e se aposentar.
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“Jaraguaenses Pelo Mundo” é uma série que compartilha com vocês tudo que passaram pessoas que optaram sair de nossa cidade para viver no exterior, e assim inspirar quem mais tem esse sonho. Conhece alguém com uma história legal pra compartilhar?
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