A troca da metrópole de São Paulo por Chapecó, cidade do interior de Santa Catarina, não é a escolha de vida que mais chama atenção dos vizinhos na propriedade de Alexandre Landin. Além de optar por ter um cotidiano mais tranquilo em uma área mais rural, o gerente comercial também resolveu criar dois porcos como animais de estimação.
Bart e Lisa chegaram pequenos à propriedade de Alexandre. Os nomes são em homenagem aos irmãos do desenho animado “Os Simpsons”, do qual ele é fã.
Na propriedade, os dois porcos têm um cantinho para eles, mas a porta do cercado fica sempre aberta para poderem andar por todo o local.
Com o calor, eles ganham banho de mangueira para refrescar. A alimentação é baseada em ração especial para porcos, além de frutas e verduras.
A inspiração para escolher porcos como animais de estimação veio da filha.
“Minha filha chorava quando via os caminhões passando com os porcos indo para o abate. Tanto minha filha quanto os porcos chorando me comoveram. Como já temos bastante pet aqui, que adotamos de maus-tratos e tudo, acabou que optamos por pegar um casal de porquinhos, o Bart e a Lisa”.
Os dois animais chegaram à propriedade há cerca de seis meses . Agora já estão bem grandes. Alexandre estima que eles pesam cerca de 70 quilos cada.
Além do casal de porcos, na propriedade também há cinco cães, todos adotados, além de uma égua e vários gatos.
“Eu conversei com os vizinhos, inclusive o que me doou os dois, eles não sabem nem quanto tempo vive um porco por aqui. Porque é até quando eles decidem carnear o bichinho. E aí a gente vai criá-los aqui com esse espaço gigante, eu os solto junto com os outros pets, com os nossos cães, e eles vão durar o tempo que tem que ser. Vamos ver quanto tempo dura um porco feliz”.
Propostas
Na região, não é comum as pessoas terem porcos de estimação. Chapecó está entre as principais cidades do país no ranking de produção de proteína animal.
E como o Bart e a Lisa são animais grandes e saudáveis, Alexandre tem recebido propostas de pessoas interessadas em comprar os dois.
“Os vizinhos querem fazer de qualquer jeito. Falam que é um belo cachaço [porco reprodutor]. Eles são bem saudáveis por caminharem bastante, falam que a carne vai ser boa. Mas não é essa a minha intenção, é o coração deles que é bom”.
Bart e Lisa são o xodó da família. “Essa liberdade, esse carinho que a gente dá voltam dez vezes maiores para nós. É uma troca na verdade. Eu só sou grato por isso”.
Reportagem: G1 Santa Catarina