Você vive sua vida, se passam mais de 30 anos e você descobre alguém com seu nome e sobrenome! Oi? Como assim?
Algo de errado não está certo! Se isso parece confuso, se prepare para o que está por vir: o nome Madeleine Paule Hélène Morès ficou famoso pela sua história curiosa.
Em 1924, quando ela nasceu, filha de Abert e Anna Morès, na cidadezinha de Meurthe-et-Moselle (França), ninguém esperava que outra como ela estivesse nascendo no mesmo momento em outro lugar.
Com 36 anos, no ano de 1960, Madeleine se casou com um ferroviário e se mudou para a Argélia, no norte da África, viveu ali por cerca de 40 anos e voltou para sua cidade natal na França. E foi lá onde toda a confusão começou!
Quando Madeleine foi providenciar sua renovação de carteira de identidade e da pensão do governo, descobriu que outra Madeleine Paule Hélène Morès, moradora de Saint-Étienne, estava reivindicando o dinheiro havia 20 anos.
As autoridades estavam convictas de que não passava de um simples caso de roubo de identidade, pois a verdadeira Madeleine havia passado praticamente metade da vida fora do país.
Detetives combinaram um encontro entre as mulheres, na esperança de que uma delas entrasse em pânico e acabasse confessando seu disfarce. Porém, para o espanto de todos, quando as duas Madeleines se encontraram, revelaram detalhes de seu nascimento e da vida com muita certeza e riqueza de detalhes.
Elas tinham documentos, desde certidão de nascimento, até recibos bancários, comprovando que não só eram Madeleine Morès, como também eram praticamente a mesma pessoa.
As duas tinham os mesmos pais e foram doadas para famílias adotivas quando ainda eram crianças. Portanto, do ponto de vista administrativo, elas eram a mesma pessoa.
Confusos, os agentes do governo pediram um teste de DNA ao irmão da Madeleine reclamante: René Morès, para que fosse comparado ao da outra Madeleine.
No dia que o resultado do exame saiu, atestando que a Madeleine reclamante era considerada a “pessoa verdadeira”, uma foto chegou ao conhecimento das autoridades:
Na foto, as duas mulheres se reconheceram, eram muito jovens, sentadas lado a lado e de braços dados no gramado de um orfanato em Orleans, uma cidade às margens do Rio Loire, no centro-norte da França. Mas ambas confirmaram que não se lembravam do encontro, nem de quando ou como a foto foi tirada.
O caso foi “resolvido”, mas até hoje ninguém conseguiu decifrar o enigma. Alguns dizem que tudo não passa de um golpe, enquanto outros apostam que existe algo a mais nessa situação, que ainda não foi descoberto.