A Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama) deve retomar em breve o programa de monitoramento de fauna aqui na região. Segundo o biólogo da Fujama e um dos responsáveis por este trabalho, Christian Raboch, esta retomada deve ocorrer a partir da aquisição de novos equipamentos, também conhecidos como armadilhas fotográficas.
“Já estamos iniciando os processo para a aquisição de novos equipamentos. Até 2019, fazíamos este monitoramento aqui na região. Daí tivemos a questão do lockdown da pandemia, mas acabamos parando mesmo por falta de equipamentos, já que os que tínhamos instalados acabaram estragando com o tempo ou a carga das pilhas utilizadas neles se esgotou”, explicou o biólogo.
Cada equipamento precisa utilizar oito pilhas e atualmente a Fujama dispõe de nove destas armadilhas fotográficas, mas boa parte delas já necessita de manutenção. O mês de março será dedicado ao processo de compra de novas câmeras.
Christian defende a importância deste monitoramento. “Hoje, 40% do espaço territorial jaraguaense é formado por florestas de Mata Atlântica. Pelo trabalho de resgate de fauna, a gente já percebe que este ambiente abriga uma biodiversidade gigantesca. E pelo monitoramento a gente consegue acompanhar estes animais, muitos ameaçados de extinção, livres no meio da floresta.”
As armadilhas fotográficas já flagraram espécies como quatis, gato-do-mato pequeno, gato-maracajá, jaguatirica e até mesmo uma puma, também conhecido como onça parda. “Outro objetivo deste trabalho é medir o nível de conservação das matas. “Quando você consegue observar espécimes que chamamos de ‘guarda-chuva’ como por exemplo uma puma, a gente sabe que aquela área está bem preservada”, destacou Raboch.