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As medidas de isolamento por conta da pandemia de Covid-19 mudaram o dia a dia de todo mundo, especialmente das crianças. Sem poder ir para a escola, brincar com amigos, correr na rua, o universo infantil mudou completamente.
E aí estão elas, conscientes e tentando lidar com o momento, muito melhor do que muita gente grande. Sarah, João, Carlos, Santiago, Manoel, Letícia e Isadora toparam contar para gente como tem sido a quarentena e falar um pouco das alegrias e tristezas que tem vivenciado nos últimos meses.
Sarah, 11 anos
Quem ainda não sabe se proteger do coronavírus, pode ter todas as dicas no desenho da Sarah Jandrey Voss. Uma menina, dentro de uma bolha, bem protegida. Fora, está o vírus.
“Fiz esse desenho porque é assim que me sinto, a bolha é como se fosse a minha casa, aonde estou protegida junto com minha família, e as máscaras, sabonetes e o álcool em gel, são as coisas que me ajudam a lutar contra esses bichinhos malvados, não deixando ele me alcançar”, explica.
Passar esse tempo em casa não é somente para cuidar da saúde, Sarah conta que tem sido legal poder brincar bastante, ter tempo com a família e com a cachorrinha.
Mas tem aquelas coisas que ela gostaria de voltar a fazer. “Eu sinto muita falta da escola, tenho saudade dos meus amigos e professores, sinto falta também, de sair aos finais de semana com a minha família para fazermos o que mais gostamos, comer pizza todos juntos”.
Santiago, 8 anos
O desenho de Santiago dos Santos Souza veio com uma forte metáfora para o momento atual: o coronavírus como um muro que está separando as pessoas.
“Eu desenhei duas pessoas, cada uma estava de um lado do muro. Elas tentavam se encontrar, mas não conseguiram por causa do muro”, comenta. “A muralha é que nem o corona, está nos impedindo de sair de casa”.
Entusiasmado em poder compartilhar seu desenho, Santiago nos contou que esse período de quarentena está sendo bom por conta da liberdade.
“Que daí eu posso fazer as minhas atividades sem ter que todo dia ir para a escola, ficar me preocupando com os horários, eu posso lanchar a hora que eu quero…”, conta.
“E o que estou sentindo falta?”, já adianta a pergunta e responde: “De não poder ver meus amigos na escola”.
João Lucas, 9 anos
Um desenho que mostra consciência dos cuidados necessários nesse momento e apresenta também o lugar onde João Lucas Arendartchuk Sales se sente protegido: em casa, assistindo Homem-Aranha.
“Eu acho que dentro da minha casa é mais seguro do que lá fora, onde o coronavírus pode estar em todos os lugares”, diz.
E com entendimento, ele lembra: “Mas é preciso sempre ter higiene, tanto em casa como lá fora, se não mais pessoas podem pegar o coronavírus. A gente precisa se cuidar”.
João conta que a parte legal da quarentena é poder ficar mais tempo com os pais, brincar mais, fazer atividades no computador e assistir TV.
Mas sente falta de brincar com os amigos da escola, ir ao cinema e viajar.
Letícia, 7 anos
Com opinião bem formada, Letícia Luz Brandt destaca: “Eu acho que a China deveria ter avisado antes sobre o vírus, então as pessoas já teriam usado máscaras para não contagiar o mundo”.
Como muitos, a menina gostaria que as medidas de segurança para conter o vírus tivessem sido tomadas antes, para evitar tanta calamidade.
Mas na hora de desenhar, vieram as cores e o lado positivo desse momento: as coisas novas que ela está podendo fazer.
Letícia também diz que está gostando de ficar em casa e receber mais atenção da mãe. “O lado ruim é que tenho saudades da minha professora e das brincadeiras no parque”.
Isadora, 12 anos
Pelos desenhos, dá para ver como as irmãs Isadora e Letícia tem compartilhado momentos juntas e aproveitado para a quarentena para aprender.
Isadora conta que colocou no papel as coisas que gosta de fazer. “Estou gostando de ficar em casa. Tenho estudado bastante o inglês, tenho cozinhado bastante e aprimorado a culinária com receitas que pesquiso em sites”, conta.
Apesar de estar lidando bem com o momento e aproveitando para se aperfeiçoar, Isadora lembra que quando o isolamento começou foi um susto por ser algo nunca vivenciado antes.
“Temos uma vida tranquila mas ativa e de repente tudo mudou. Na época não haviam muitos casos e o isolamento foi rígido. Agora as pessoas tem que se cuidar pois os casos aumentaram”, comenta.
A expectativa, claro, é para que as coisas fiquem melhores logo. Nos estudos, Isadora sente falta de ter a explicação dos professores.
E, claro, também está batendo saudades de ter aquelas boas conversas com as amigas.
Manoel, 11 anos
“Desenhei o mundo com a máscara, porque é uma prevenção para essa pandemia mundial. E todos nós devemos fazer o uso dela com consciência, em relação a higiene também”, conta Manoel Alves de Andrade Neto.
E tem mais: “O Sol e a Lua estão representando as pessoas que estão com saúde, e os vírus são as pessoas doentes. Tenho certeza que juntos venceremos essa doença”, confia.
O menino, que está prestes a completar 11 anos, conta que sente muita tristeza ao ver o que está acontecendo no mundo. “Principalmente as mortes, também estamos isolados de tudo e de todos”, diz.
Na quarentena, ele sente falta dos colegas e professores da escola Renato Pradi, do treino de basquete e de jogar na Arena e no Arthur Muller, de sair com a mãe para a pizzaria, para um voltinha no shopping…
Mas tem momentos bons. “Ficar com a minha família é uma das parte que eu mais amo”, diz.
Estudioso, Manoel também conta que ficou feliz de receber as aulas online para ter atividades diferentes para fazer.
Carlos, 9 anos
Apesar de estar aproveitando os dias em casa para brincar bastante e ter mais momentos com o pai, Carlos Eduardo Wurzius está sentindo falta mesmo é de ir para a aula.
“Fiz o desenho da escola, porque sinto muita a falta da escola. Dos amigos, de estar lá estudando e das pessoas que via todos os dias”, conta. Ele estuda na Roland Harold Dornbusch, na Barra do Rio Molha.
Carlos também nos conta que sente falta dos passeios.
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