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Ivair Nicocelli morreu aos 56 anos, em Guaramirim, no dia 28 de novembro de 2021, cerca de 30 anos após ter fundado o espaço que foi um dos principais palcos do rock alternativo catarinense: o Curupira Rock Club.
Na pequena estrutura cercada por lagos e árvores, Ivair deu um pontapé para movimentar uma cena improvável na pequena cidade do interior de Santa Catarina.
O lugar ganhou reconhecimento e projeção na década de 90 e anos 2000 no cenário underground brasileiro, ao mesmo tempo em que quebrava preconceitos. Imagina jovens de preto, cabelo colorido e tatuagens andando em bando naquela época pelas ruas da cidade? Era para quebrar padrões.
Ao longo de décadas de atividade, foram shows internacionais e nacionais, mas também foi reduto para o surgimento de uma série e bandas locais que encontravam espaço de expressão nos palcos democráticos do Curupira.
Vamos relembrar alguns dos momentos marcantes da caminhada do Curupira Rock Club:
O início
No começo dos anos 90, Ivair começou a abrir o espaço da família para festas entre amigos e aos poucos o lugar em meio a natureza foi conquistando.
Os primeiros shows oficiais foram em 1992. Naquele primeiro ano aconteceu o “1º Encontro Da Consciência Ecológica” com as bandas Anonimato (Rio do Sul), Deleator (Rio do Sul), Contagem Regressiva (Joinville), Leis e Ordens (Joinville), Hephrem (Joinville), U.T.I. (Blumenau), Abysmo (Rio Negrinho), Chute No Saco (São José), Lixo Urbano (São José), Nervoróticos (Itajaí) e Prisioneiros da Liberdade (Porto Alegre).
Um idealista
Além do rock alternativo, a ideia era agregar a consciência ambiental ao Curupira Rock Club. O fundador Ivair Nicocelli falava sobre a importância da preservação ecológica e esperava que no meio alternativo se encontrassem “a legião dos rebeldes, daqueles que se importassem”, pessoas interessadas em preservar a natureza e entender a importância de olhar para o planeta Terra de forma integral.
Ao ser questionado sobre o que o havia motivado a abrir o Curupira, Ivair imaginava que os jovens roqueiros pudessem se unir em torno de causas relevantes para a sociedade.
Onde o pai cura e o filho pira
Um documentário produzido em 2007 que conta a história do lendário clube de rock alternativo, trazendo entrevistas e imagens que mostram um pouco da cena local. Na época haviam sido contabilizados mais de 180 shows realizados, reunindo 750 bandas.
Incêndio e reconstrução
O palco do lendário Curupira Rock Club pegou fogo em março de 2009. A estrutura do local foi bastante danificada, especialmente o espaço onde eram realizados os shows. O equipamento sonoro foi destruído ou pelo fogo ou pela água usada para conter as labaredas.
Nos meses seguintes, uma forma de reconstrução foi feita para que o local pudesse abrir as portas, garantindo mais alguns anos de Curupira.
Centenas de shows
De 1992 a 2014, existe uma linha do tempo com uma série de shows que aconteceram nos palcos do Curupira. Desde eventos locais que mantinha a casa ativa, até grandes festivais e shows.
Teve a banda internacional Rotting Christ, Júpiter Maçã, Cansei de Ser Sexy, Os Replicantes, Wander Wildner, Garotos Podres, entre outros nomes.
- Os seus melhores momentos
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