Conheça a trajetória do Grupo Folclórico Boi de Mamão, de Jaraguá do Sul

Após dois anos adormecido devido à pandemia, o Grupo Folclórico Boi de Mamão da Escola Municipal de Educação Básica Ribeirão Molha voltou a se apresentar em outubro, na escola. O espetáculo foi exibido durante as manhãs e tardes para outras escolas da Rede Municipal de Ensino.

A trajetória do grupo começou em 1993, quando a escola recebeu como doação de um segmento da Prefeitura de Jaraguá do Sul, alguns bonecos e algumas fantasias, entre elas a de um boi de mamão. Este boi foi recebido com muita alegria na escola e logo surgiu em torno dele um espetáculo ao qual foram integrados outros personagens. A escola Ribeirão Molha está há 29 anos valorizando e mantendo vivo o folclore brasileiro.

O Boi de Mamão foi trazido para Jaraguá do Sul por Manoel Rosa, conhecido como Mestre Manequinha, como tradição da cultura afrodescendente. A tradição é encontrada em formato semelhante em diversas regiões do Brasil, porém, as músicas divergem, assim como o nome da brincadeira. No Nordeste, por exemplo, é conhecida como Bumba meu Boi ou Boi Bumbá.

Em 2003, realizou-se o resgate histórico e incremento do Boi de Mamão, que reviveu a origem cultural da lenda do boi e reformulou o figurino do grupo. Desde então, O Grupo Folclórico Boi de Mamão da Escola Municipal de Educação Básica Ribeirão Molha emociona o público com a história de Francisco e sua esposa.

Os alunos que participam deste projeto têm a cada ano a oportunidade de aprender novos instrumentos musicais ou a interpretar um novo personagem. As apresentações são compostas por uma peça de teatro, coral e percussão, com o repertório de músicas folclóricas. A proposta cênica é dirigida pelo professor Paulo Cesar da Silva, a percussão é conduzida pelo professor Matheus Renan Salido dos Santos.

Já o grupo de dança é coordenado pela também educadora Emily Wanzeller da Silva e na organização geral estão o diretor da Escola Ribeirão Molha, Valdinei Tait, a administradora escolar Aparecida Maria Martins e a coordenadora pedagógica Andréia Pisetta Fiorentin. A duração do espetáculo é de aproximadamente 1 hora e participam cerca de 85 alunos.

A principal novidade deste ano foi a renovação dos figurinos dos personagens, dos bonecos, coreografias entre outros elementos cênicos.

“Todo o sonho a gente fica feliz quando se realiza. Estar aqui de volta com o Boi é de uma alegria imensa. A gente vê a participação da comunidade e de como o povo de Jaraguá do Sul gosta deste tipo de manifestação cultural. O Boi de Mamão realmente faz parte da história da Escola Ribeirão Molha e não tem como deixar algo assim morrer”, destacou o professor e diretor cênico, Paulo Silva.

Outra novidade é a referência que a peça fez à pandemia de covid-19, motivo da paralisação dos espetáculo do Boi de Mamão durante dois anos.

“A gente quis passar para o público que, assim como a humanidade passou por isso, no mundo imaginário do Boi de Mamão os personagens também passaram por isso tiveram que se adaptar e precisaram ficar dois anos esperando antes de voltar a apresentar este espetáculo para a gente”, justificou o professor.