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Um dos prédios mais antigos e emblemáticos do centro de Jaraguá do Sul é coordenado pelos maristas. E muitos deles dedicam a vida para realizar os feitos dessa instituição. Mas, afinal, quem são e de onde vêm esses irmãos?
Obediência, castidade e pobreza. Esses são os três votos feitos por homens que passam, em média, 7 anos pela formação inicial do Instituto dos Irmãos Marista.
Diferente de uma escolha profissional, o irmão Darlan Santorum, responsável pelo Centro de Formação Marista em Jaraguá do Sul, localizado no Morro do Carvão, ressalta que a formação de um religioso é mais profunda. É uma formação humana que leva anos para dar frutos e, de certa forma, nunca acaba.
“É um processo pessoal, não é como fazer um carro, que entra no processo de montagem e em pouco tempo sai pronto para os testes. A formação religiosa de irmãos, irmãs, padres, é um processo totalmente diferente, se lida com o ser da pessoa”, pontua.
“O Instituto zela para que a formação seja sólida, adaptada à sua personalidade e cultura, a formação inicial pela unidade; formar homens capazes de consagrar a vida inteira a Deus numa comunidade apostólica marista”.
Quando o jovem demonstra interesse em seguir a vida religiosa, a formação inicia logo após o ensino médio, depois de um acompanhamento do futuro formando.
Eles passam por várias etapas de formação em diferentes cidades, sempre dentro da região – a de Santa Catarina inclui Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Cada um com sua missão
O universo de um irmão parece restrito. Mas dentro da formação, são observadas as aptidões individuais, que podem guiar possibilidades dentro “missão Marista”.
Todos os jovens partem com a formação superior em teologia. Os formandos que frequentam o Centro de Formação em Jaraguá do Sul saem às 16h30, de segunda a sexta, para a faculdade em Joinville.
Além disso, têm aulas de inglês, educação física, musicalização, espiritualidade, e formação sobre o fundador Marcelino Champagnat. Os jovens também ajudam na manutenção da estrutura – o contato com a natureza é um benefício.
Depois disso, há outras opções. “Dentro de nossa missão vai escolher um curso que ele goste que venha a contribuir”, ressalta o irmão Darlan. O grande objetivo é formar os jovens para o trabalho na educação.
Casa, comida e estudo para exercer a fé
Santorum destaca que os irmãos recebem toda estrutura e apoio para se desenvolverem dentro da missão Marista. Da moradia e alimentação ao estudo.
São 3 mil irmãos espalhados em 80 países dos cinco continentes. Por essa atuação global, existe a possibilidade de intercâmbio e de trabalho em outros continentes, como África, Ásia, e até no Brasil mesmo.
Em geral, as áreas de atuação são evangelização, pastoral e docência, mas também podem escolher trabalhar com serviço da administração, da gestão em colégios, centros sociais, universidade, comunicação, saúde, centros de formação, entre outros trabalhos.
“Não temos bens em nosso nome, tudo pertence a instituição. Quando sou transferido de um lugar para outro, não levo nada de onde estou. Só os bens pessoais (roupas, computador, celular). Vai para uma outra casa preparada para me receber e desenvolver a missão designada a mim”, conta irmão Darlan, que é originalmente da cidade de Ouro, interior de SC.
- Trabalho ao lado da comunidade
Marcelino Champagnat fundou em 2 de janeiro de 1817, em La Valla, na França, um Instituto religioso de Irmãos, sob o nome de Pequenos Irmãos de Maria. Considerava-o como um ramo da Sociedade de Maria.
Vale destacar que os irmãos não são padres, não realizam missas, casamentos e outras celebrações. A vida é dedicada a trabalhar com educação.
Além da formação de irmãos, o Instituto Marista reconhece variados modos de se viver a vocação cristã a partir do carisma de Marcelino Champagnat.
Leigos e leigas, como são chamadas pessoas que não são consagradas como os irmãos, podem se engajar na proposta de trabalhar com crianças e jovens, tanto como profissionais das escolas, quanto como voluntários nas pastorais, por exemplo.
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