O inverno está se despedindo para dar lugar a uma nova estação: a primavera, com dias floridos e temperaturas mais quentes. Com as mudanças no tempo, os animais de sangue frio – que costumam hibernar no inverno – saem do sono profundo e retomam as suas atividades normais. Por isso, répteis, como as serpentes por exemplo, começam a dar às caras com mais frequência.
Segundo o biólogo da prefeitura, Christian Raboch Lempek, a temperatura externa é essencial para as atividades desses animais, tendo em vista que o calor da primavera e do verão esquenta os corpos aumentando, assim, o metabolismo e eles saem a procura de alimento.
É justamente na época de calor que a Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama), recebe mais ligações de pessoas que acabam se deparando com serpentes. “São espécies temidas pela população, apesar de boa parte ser inofensiva, nós acabamos recebendo muitos pedidos de resgates”, comenta Christian.
O biólogo recomenda que, ao encontrar uma cobra dentro de casa ou no quintal, a pessoa mantenha a calma, tire de perto crianças e animais domésticos para que não entrem em contato com a serpente e ligue, imediatamente, para a Fujama (durante a semana) ou para os Bombeiros Voluntários (nos fins de semana e à noite). Após a solicitação, uma equipe da Fujama ou dos bombeiros vai até o local para resgatar o animal que será devolvido à natureza em áreas de preservação ambiental do município.
Uma forma de prevenir o surgimento de serpentes nas residências é manter o terreno limpo, sem mato ou entulhos e ficar atento à presença de roedores, que atraem as serpentes.
Serviço de resgate de fauna
Durante a semana
O munícipe deve entrar em contato com a Fujama, por meio do 0800-6420156 da Ouvidoria da Prefeitura de Jaraguá do Sul ou direto na Fujama pelo telefone – 3273-8008 no horário das 7h às 17h, de segunda a sexta-feira.
Fins de semana, à noite e feriados
Esta solicitação é feita pelo serviço 193 dos Bombeiros Voluntários.
Primeiros socorros em caso de acidentes
Segundo Christian Raboch, no Brasil ocorre por ano, em média, 30 mil acidentes com picadas de serpentes e em torno de 150 mortes. “Normalmente, essas mortes estão relacionadas aos primeiros socorros feitos de forma errada.” Com base nisso, segue abaixo alguns mitos e verdades relacionados a acidentes com serpentes.
Mito
Fazer torniquete;
Chupar o local da ferida para tirar o veneno;
Tomar cachaça;
Furar ao redor da picada para o veneno escorrer.
Verdade
Procurar ficar calmo após a picada – agitação faz o veneno circular mais rápido no organismo da vítima;
Limpar a ferida com água e sabão;
Aplicar uma compressa de gelo sobre o local a picada;
Procurar atendimento médico o mais rápido possível.
Em relação aos “mitos” o biólogo afirma que além de não ajudar, podem agravar o tratamento quando a vítima chegar ao hospital. Recomenda que, se for possível, tentar fazer uma foto do animal. “Mas sobre hipótese alguma tente capturar a serpente porque pode ocorrer outro acidente. Mesmo sem imagens, pelos sintomas os médicos entram em contato com o Ciatox (Centro de Informação e Assistência Toxicológica) que é um órgão estadual que trabalha na identificação de animais peçonhentos em toda a região. Então, pelos sintomas eles vão saber o grupo de serpentes relacionado para aplicação do soro antiofídico adequado”
Com informações da PMJS.