Um cão da raça pastor-maremano-abruzês se tornou viral nas redes sociais após ser flagrado descansando em um quintal coberto de geada em Rio das Antas, no Oeste de Santa Catarina.
O vídeo, compartilhado pela família do animal, mostra o cachorro deitado em meio à geada enquanto um dos moradores questiona: “Por que você não vai dormir lá dentro?”. O vídeo já alcançou mais de 934 mil visualizações até a tarde desta quarta-feira (4). Assista aqui!
Nas imagens, o cão, chamado Mano, levanta uma das patas enquanto o tutor se aproxima. “Você tem geada no cabelo, Mano”, comenta o morador. A gravação foi publicada pela psicóloga Shannina Seidel, uma das tutoras do cachorro.
Segundo ela, o flagrante foi feito na manhã de 26 de agosto, quando os termômetros na cidade chegaram a -2,96°C, de acordo com a Epagri/Ciram, órgão responsável pelo monitoramento do clima em Santa Catarina.
“De manhã, por volta das 8h, quando ele acordou, estava fazendo -3 graus e encontrou o Mano lá. Ele pode dormir tanto dentro da casa principal ou da outra parte coberta com cobertores e tudo mais, mas escolhe aquele lugar”, relata Shannina.
O pastor-maremano-abruzês, uma raça originária da Itália, é bastante utilizada para a guarda de rebanhos. Segundo um guia da Confederação Brasileira de Cinofilia, a raça é conhecida por sua resistência ao frio intenso, característica explicada pela presença de pelos e subpelos espessos que garantem a proteção contra baixas temperaturas.
O veterinário Eduardo Gianini, do hospital veterinário Santa Vida, explica que essa raça, apesar de incomum no Brasil, é bem adaptada ao frio. “Está muito acostumado com temperaturas extremas e se sente muito confortável em situações que não são toleradas por muitos outros cães”, afirma.
No entanto, o especialista alerta para os riscos de exposições prolongadas ao frio intenso, que podem causar problemas como dermatites ou piodermites, devido à umidade excessiva nas patas.
“Porém, esses pacientes [cães] muito rústicos, assim que eles começam a perceber que há alguma coisa incômoda, tendem a buscar algum abrigo, uma região que está mais seca e quente, para evitar realmente problemas de saúde”, conclui Gianini.
Informações: G1 Santa Catarina