A frase de Mário Quintana, “o livro traz a vantagem de poder estar só e, ao mesmo tempo, acompanhado”, é ideal para lembrar o Dia do Leitor, comemorado neste sábado (7). A data homenageia principalmente os destinatários dos autores, que se dedicam aos livros, à maravilhosa aventura de viajar mentalmente pelas histórias, pelo aprendizado, pela cultura e pela diversão.
Jaraguá do Sul conta com escritores talentosos que produziram livros extremamente envolventes e criativos, indicados nesta lista. Confira:
“Travessia – 747 dias de bicicleta pelo mundo”, Charles Zimmermann
Para o autor, a bicicleta é uma ferramenta de liberdade. A frase define a obra, que é um diário de viagem de suas aventuras por 40 países, em quatro continentes. O fascínio pelo exótico, o desejo insaciável de descobrir o que existe do outro lado do mundo e a vontade de conhecer e conviver com pessoas e culturas diferentes levaram Charles a partir para uma viagem de 747 dias pelo mundo.
O livro é um diário de viagem, com textos que detalham cada local e paisagem percorrida, além de fotografias que registram paisagens fantásticas e personagens enigmáticos que marcaram a trajetória do autor, que decidiu começar a viajar aos 30 anos, após a morte da sua mãe. A obra é para todos que se interessam pelo mundo e pelas experiências únicas que ele oferece.
“Dianna: Me Permitindo”, Juliana Negri
O livro é um romance com temáticas pertinentes e atuais, que fala sobre amores tóxicos e os impactos de relacionamentos abusivos na vida de mulheres que passaram por situações do tipo. Com muita sensibilidade e abrindo-se ao leitor, a autora faz o público mergulhar de cabeça na trama.
Em uma história sobre reencontros, reparações e reconstruções, a protagonista instiga o público a descobrir um segredo compartilhado com poucos: a sombra do passado que continua tentando aprisioná-la em um estado de pânico e impotência.
“Pocotinhas”, Roberto Lanznaster e Samantha Quadros
Três princesinhas experimentam momentos de reflexão sobre a importância da preservação da vida no planeta. Essa é a história da obra escrita pelo jaraguaense Roberto Lanznaster e pela curitibana radicada em Guaramirim Samantha Quadros.
Na trama, as três personagens viajam escondidas do rei para encontrar o País Gelado, onde todo o sorvete está misteriosamente derretendo. Porém, no caminho, encontram desastres ambientais em todos os reinos por onde passam. A ideia era abordar a questão ambiental de maneira didática, com uma narrativa leve e dinâmica e ilustrações que lembram a Era Vitoriana.
“Aranhas’, Carlos Henrique Schroeder
Autor do best-seller “As fantasias Eletivas”, Carlos Henrique Schroeder reúne em “Aranhas” dezenas de contos criativos e sarcásticos que giram em torno desses artrópodes de oito patas. As aranhas surgem como personagens ou inspiram, através de sua aparência ou nome, comportamentos e destinos, criando uma espécie de teia narrativa, onde afinal tudo se entrelaça e envolve o leitor.
No geral, o livro usa os personagens para tratar de temas sociais e abordar questões como preconceito, amor, morte e inveja.
“Que Raio é Esse?”, Geise Correia Coelho
Conta a história de um menino que sofreu uma queda de bicicleta e precisa passar por um exame de raio-x. A ideia da autora surgiu durante um estágio do curso técnico de radiologia, quando ela se deparou com situações que a inspiraram a criar uma narrativa sobre o tema e tranquilizar crianças que passam por exames radiológicos.
Muitas crianças vão fazer o exame com muito medo do aparelho utilizado e assustadas com o procedimento, o que prejudica a captação das imagens para diagnóstico. No livro, o protagonista que narra a história se refere ao raio-x como “uma foto”, de forma leve e lúdica.
“Escombros”, Jeison Giovani Heiler
E tem livro de poesia também! O autor, que é doutor em ciência política, busca colocar em palavras algumas percepções sobre o mundo, com foco em temas como o amor, sexualidade, filosofia e desconforto com a miséria e desigualdade social.
Nas 144 páginas, são 43 poemas onde ele procura problematizar as formas comuns de encarar a nudez, prostituição, banalização do erotismo e outras questões, além de ilustrações ao longo de todo o livro.
“Verdade Obscura: O dilema de James Bonnet”, C.S Bolton
A obra de ficção convida o autor para uma jornada que retrata a história de James Bonnet. Na trama, uma morte desperta James para evitar outra morte: a de seu filho. Numa busca desesperada, ele cria um novo medicamento com ajuda de inteligência artificial.
Porém, uma indústria bilionária deseja se apropriar de seus conhecimentos e fazê-lo silenciar. Assim, ele descobre que a inteligência artificial que salva, também é usada para destruir, com a mesma motivação que persegue a humanidade desde os primórdios: a luta por poder e dinheiro.
“Dança das Flores: inspirando vidas”, Laura Flores
O livro é da escritora e bailarina Laura Flores. Ela conta detalhes da sua trajetória profissional e rotina desde que foi diagnosticada com Síndrome de Susac, doença autoimune rara que afeta os sentidos como visão e audição.
A bailarina iniciou a trajetória profissional aos oito anos e desde os 17, atuou como profissional. Na obra, ela dança com as palavras e conta os maiores desafios e superações do dia-a-dia profissional e pessoal com a doença.
“Vencendo Desafios”, Hélio Fenrich
A obra é de um paraense radicado em Jaraguá do Sul e retrata uma jornada por montanhas do Projeto 7 Cumes e travessias. Leva o leitor a uma aventura pelas montanhas da Argentina, Bolívia, Rússia, Tanzânia e Estados Unidos, além da travessia da Transamazônica de bicicleta.
O livro, narrado por Hélio Fenrich, apresenta os principais desafios encontrados, conta um pouco dos aprendizados da jornada, dos obstáculos que surgem pela frente no dia a dia e da adaptação a temperaturas abaixo de – 30 °C e acima de 40°C na Amazônia.
Voo Peregrino”, Edemilson Lopes
Os 30 anos trabalhando no céu como piloto de helicóptero e o mês que passou com a esposa percorrendo o caminho de Santiago da Compostela, foram o tema do livro “Voo Peregrino”, escrito pelo aviador jaraguaense Edemilson Lopes.
Entre tantas outras coisas, Edemilson é apaixonado por voar. Foi piloto-militar, instrutor de voo, comandante de helicóptero e avião e peregrino no Caminho de Santiago de Compostela.