Atualmente, a Barra do Rio Cerro possui um intenso movimento nas ruas, salas comerciais, empresas, lojas e outros fatores típicos de um centro urbano, que fazem parte da rotina dos moradores.
Além disso, também é uma região rica em história, com a presença de construções que remetem aos primeiros indícios de habitantes. O Noviciado Nossa Senhora de Fátima, a Paróquia Luterana da Barra do Rio Cerro e a Sociedade 25 de julho são alguns registros da época.
Quem está acostumado com o desenvolvimento do bairro, não imagina que antigamente tudo não passava de uma região tomada pela natureza e os moradores precisavam ir até o Centro para ter acesso ao comércio e a grande maioria dos serviços.
Qual é a origem do nome?
O nome Barra do Rio Cerro surgiu na época de colonização da cidade, devido ao encontro dos rios Jaraguá e Cerro nas imediações. Nas documentações antigas, guardadas pelo Arquivo Histórico, a escrita é “Barra do Rio do Serro”, com a letra S.
A palavra Serro é sinônimo de serra, mas a grafia foi alterada e passou-se a escrever Cerro, com C, que é sinônimo da palavra morro. A segunda grafia também faz sentido, já que a região de Jaraguá do Sul é cercada de vales e morros, uma marca registrada do município.
Como tudo começou?
O bairro começou a ser habitado em 1891, pelos imigrantes italianos. Antes disso, a região ainda estava completamente desabitada. As terras do bairro ficam localizadas à margem direita do Rio Jaraguá, pertenciam nesta época ao governo de Santa Catarina e foram loteadas pela Agência de Colonização.
As primeiras pessoas a adquirirem propriedades no bairro foram imigrantes de origem italiana que até hoje são lembrados na região, como Ângelo Rubini, Vittorino Piazera, Eugênio Pradi, Giovani Satler, Feliciano Bortolini, Salomone Mengarda e Giusepe Campregher.
Ângelo Rubini, por exemplo, é homenageado em uma das principais ruas do bairro e foi uma pessoa muito marcante para a região. Atuou como ferreiro, na construção de estradas importantes, foi comissário de polícia pela cidade, construiu a primeira cadeia pública, atuou como juiz de paz e também cuidava de outros negócios.
Foi fundada por volta de 1899 uma comunidade escolar, onde eram ministradas aulas inicialmente em italiano para 24 alunos: 19 italianos, quatro húngaros e um boêmio. A então Sociedade Escolar Particular Católica, tornou-se instituição estadual em 1938, e hoje é a Escola Estadual Professor José Duarte Magalhães.
No início do desenvolvimento do bairro, os primeiros comércios foram os açougues, as ferrarias e os engenhos de moer grãos. Em uma das maiores e mais famosas ruas do bairro atualmente, a Pastor Alberto Schneider, passavam poucos carros e muitas pessoas caminhando, além de carroças e cavalos. A rua só passou a ter paralelepípedos em 1984.
O nome da rua veio de um pastor muito importante para a comunidade luterana da Barra do Rio Cerro. Em 1912, ele saiu da comunidade Brüderthal, de Guaramirim, para ajudar o pastor Ferdinand Schülzen a assumir a divisão da paróquia “Jaraguá II”.