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Você sabe como surgiu o Wilfred, o mascote da Schützenfest? Fomos atrás da primeira pessoa a dar vida a este personagem para descobrir.
A tradicional Festa dos Atiradores, conhecida como Schützenfest, é celebrada desde 1989 em Jaraguá do Sul, e tem o intuito de promover e resgatar a cultura germânica. Mas não foi desde o início que ela contava com a presença do Wilfred.
Antes, a festa utilizava o “vovô e vovó Choppona” durantes os dias de celebração, um modelo inspirado no mascote utilizado na Oktoberfest. Foi só a partir de 1998 que o mascote Wilfred começou a fazer, oficialmente, parte da Schützenfest.
O mascote foi criado pelo chargista do OCP Fernando Bastos a partir de um concurso elaborado pela Associação de Clubes e Sociedades de Tiro do Vale do Itapocu, que desenvolveu algumas diretrizes para este personagem.
Ele deveria ser alegre, jovem, que retratasse a comunidade e que tivesse sua imagem voltada para a tradição germânica do tiro. E o resultado foi esse:
O primeiro Wilfred
O Wilfred foi interpretado pela primeira vez por Wilson Bruch, que já atuou como presidente da Associação de Clubes e Sociedades de Tiro do Vale do Itapocu (ACSTVI). Isso aconteceu quando ele tinha 39 anos e ele seguiu na posição por três anos consecutivos.
Wilson relembra com carinho desses momentos e conta como foram os primeiros dias como o famoso Wilfred.
“No primeiro ano eu desaparecia da festa e ninguém percebia, então não havia como saber que eu era o personagem”, conta. Wilson também conta que a curiosidade do público era tanta, que ele até passava por umas provas de alemão, testando se o Wilfred era mesmo germânico. “E as pessoas se surpreendiam, porque como eu sei falar a língua, eu também respondia em alemão”, relembra.
Mas quem acha que é fácil interpretar o Wilfred está enganado. O personagem precisa ser espontâneo e entrar no clima festivo, precisa estar presente em festas, ações e eventos relacionados a Schützen. Além, é claro, de ter que usar a fantasia.
A cabeça grande, apesar de não ser pesada, é muito quente, pois é feita de espuma. O resto da fantasia é composta por camisa, calção e um sapato também forrado com espuma. A arma que o Wilfred carrega é uma réplica de materiais leves, já que o acessório é constante na rotina do personagem.
Segundo Wilson, o personagem tem a característica de ser “namorador”, gosta de dançar, e isso acabou causando um episódio engraçado na sua vida. Em uma das tardes da Terceira Idade, ele foi caracterizado e tirou uma das senhoras para dançar.
O que aconteceu a partir daí foi que uma fila de senhoras querendo dançar com o personagem se formou. Resultado: ele passou a tarde inteira dançando, tentando acompanhar as mulheres na pista.
Apesar das dificuldades para manter a tradição do Wilfred, Wilson tem recordações muito positivas a respeito desse período e se orgulha de poder ter representado a cultura jaraguaense dessa maneira.
Desde então, a lista de Wilfreds só aumento. Ano a ano, novas pessoas se dedicam a dar vida ao personagem que pode ser visto fazendo a festa desde a hora que portão abre, até a última música tocar. Para dar conta, a fantasia tem sido carregada por até três pessoas ao longo do evento, afinal, é uma verdadeira maratona.
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