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O trabalho voluntário faz grande diferença na rotina de Jaraguá do Sul. Tem pessoas se dedicando em serviços de saúde, no acolhimento de animais abandonados, ajudando famílias carentes e até mesmo atendendo situações de risco, como é o caso dos Bombeiros Voluntários.
Em comum, essas pessoas têm o desejo de colocar suas habilidades a disposição de quem precisa.
Elisabeth Ohde é uma entre centenas, talvez milhares de voluntários jaraguaenses. No caso dela a vontade de ajudar falou mais alto há 22 anos, quando aposentada decidiu investir seu tempo a atividades da Rede Feminina de Combate ao Câncer – também estimulada pelo fato da mãe ter morrido com a doença anos antes.
“Eu acho que todo trabalho a gente tem que fazer com muito amor, dedicação, então a gente entra no trabalho voluntário porque temos tempo disponível e queremos fazer alguma coisa por alguém ou por uma causa”, destaca.
Dali então ela trabalhou em diferentes setores da entidade: do plantão, setor de educação, apoio a pacientes em quimioterapia, à presidência da Rede entre 2003 e 2008, e atualmente integra o programa de prevenção.
“Foi muito importante para mim, essa caminhada dentro da Rede me trouxe experiências maravilhosas para ver a vida de uma outra forma, você deixa um pouco de ser egoísta e vê as situações que as pessoas estão passando”, define.
Tenho perfil para ser voluntário?
A coordenadora do voluntariado da Rede Feminina, Claudete Mattos, destaca que a disponibilidade é o primeiro fator a ser considerado. Dentro das entidades, existem uma série de trabalhos que dependem dos voluntários para serem realizados.
“É comum as pessoas acharem que é um trabalho voluntário, então não tem um comprometimento, vai quando pode, mas na verdade não. Você não deixa de ser uma pessoa importante na instituição, você não tem remuneração, mas é uma peça fundamental ali”, comenta.
No caso da Rede, por exemplo, existem voluntários cuidando do bazar, dando apoio a pacientes em tratamento, organizando dos eventos sociais, da comunicação, das palestras de apresentação, de momentos de conscientização sobre a prevenção – como é o caso de Elisabeth -, entre outros.
Cada pessoa pode se enquadrar em uma função diferente. Essa orientação vai de acordo com as habilidades pessoais e tem a orientação de uma psicóloga que faz uma entrevista inicial.
Atualmente a entidade conta com pouco mais de 100 voluntários, entre os fixos e prestadores de serviços – que são profissionais como reikianos, palestrantes, terapeutas, advogados e nutricionistas que fazem atendimentos eventuais.
Os voluntários fixos costumam ter um dia e horário semanal de trabalho dentro de um setor determinado – em apenas duas áreas o trabalho é quinzenal.
Alegria em ajudar
Para Elisabeth, o alinhamento com o objetivo da entidade é fundamental para quem tem interesse em fazer um trabalho voluntário. Você precisa realmente acreditar no trabalho que está sendo feito.
Com isso, é possível realmente abrir o coração para fazer as tarefas que são apresentadas com energia e entusiasmo, afinal, as entidades costumam ser criadas para resolver problemas da comunidade.
“Até me emociono porque você saber que fez alguma coisa para melhorar a vida do outro é muito bom. No voluntariado você se conecta com as pessoas de uma forma mais intensa, mais profunda, onde o lema maior e o que rege é o amor, que é o que tem de mais sublime na face da Terra”, reflete Elisabeth.
- Não tenho tanto tempo…
Existem outras formas de ser um voluntário para quem não pode se comprometer com horários.
Já falamos, por exemplo, do exemplo de Dilma Sales, que junto com amigos fundou um grupo de cantores que alegra os corredores do Hospital São José uma vez por mês.
O exemplo de Dilma mostra a possibilidade de criar uma forma de uma habilidade ser colocada no mundo para beneficiar outras pessoas. Não sabe cantar?
A própria Dilma nos contou de pessoas que levam pequenas doações ao hospital, como biscoitos secos para pacientes em quimioterapia, e também de uma senhora que semanalmente deixa dois pães na Casa São José.
Uma forma também é apadrinhar essas entidades dando apoio às ações que são feitas para arrecadar doações. Muitas vezes acontecem as feijoadas, pasteladas, rifas… Ou mesmo leve suas doações quando sentir de ajudar.
Afeto à disposição
Outra forma bacana de se voluntariar é por meio do Programa de Apadrinhamento Afetivo mantido pela Prefeitura de Jaraguá do Sul.
Com tempo e afeto para dar, as pessoas que entram no programa se tornam padrinhos de uma criança ou adolescente abrigado e que tem e possibilidades remotas de reinserção familiar ou adoção. O essencial é ter tempo para dedicar ao afilhado e carinho para receber uma nova pessoa em sua vida.
Há possibilidade de participar de outras duas modalidades. No apadrinhamento de serviços a pessoa física ou jurídica atende conforme sua especialidade profissional: dentista, psicólogo, entre outras.
E tem o apadrinhamento material, que consiste no suporte material ou financeiro, seja doando roupas, calçados, materiais escolares, custeando tratamentos de saúde, cursos, entre outros.
Onde ser um voluntário em Jaraguá do Sul
Rede Feminina de Combate ao Câncer – é uma instituição sem fins lucrativos, criada para a defesa dos direitos sociais de pessoas portadoras de câncer – Contato: pelo 3275-0268 ou na sede, localizada na rua Cel. Procópio Gomes de Oliveira, 801.
Rede de Nacional de Saúde do Homem – a entidade de prevenção e combate ao câncer tem objetivo de atuar especialmente com o público masculino, especialmente nos cuidados com a saúde – Contato: pelo 3376-5867 ou na sede, localizada na R. Expedicionário Gumercindo da Silva, 311.
Associação dos Amigos do Autista de Jaraguá do Sul (AMA) – os voluntários da entidade são responsáveis pela produção dos cartões comemorativos que são vendidos para arrecadar fundos para os atendimentos. As turmas de voluntários se reúnem nas segundas, terças e quintas a tarde e na quarta-feira de manhã. É possível visitar a entidade para ver se você gostaria de trabalhar com a produção – Contato: pelo 3370-1555 e 3373-8863 ou na sede que fica na rua Gustavo Friedemann, 143, na Vila Lalau.
ONG Sol – presta atendimento a famílias de pessoas com deficiência e idosos que estejam em situação de vulnerabilidade social. Distribui fraldas e leite mensalmente e custeia atendimentos terapêuticos em casos específicos – Contato: pelo 3270-3500 ou na rua Júlio Tavares da Cunha Mello, 107, lateral da Academia Barbi, das 8h às 16h.
Apadrinhamento Afetivo, Secretaria de Assistência Social – você pode se tornar padrinho de uma criança ou adolescente abrigado, entrando em sua vida como um novo amigo ou tutor – Contato: pelo (47) 3370-8981 ou (47) 3371-0695.
Programa Espaço Alternativo (Peal) – é uma instituição filantrópica de assistência social e educacional sem fins lucrativos que atende crianças, no contraturno escolar, que não tem onde ficar. As famílias preenchem um cadastro socioeconômico e as crianças têm acesso a um ambiente com diversas aulas, como teatro, alemão e musicalização através de voluntários – que passam por uma triagem para entrar no projeto. A entidade é ligada Meuc – Missão Evangélica União Cristã. Contato: (47) 99670-9535.
Mãos Solidárias – o grupo formado em Jaraguá do Sul trabalha fazendo eventos e bazares para arrecadar dinheiro para resolver problemas de saúde enfrentados por criança carentes. São custeados exames e tratamentos mais caros, demandas que o SUS não atende ou demora para atender. Os voluntários podem integrar o grupo ou apenas ajudar em eventos específicos – Contato: com a voluntária Verginia Ferreira, pelo (47) 8843-0681.
Rotary Club Jaraguá do Sul – a entidade é global, mas atua localmente de acordo com o que cada comunidade necessita, desenvolvendo líderes locais. Também existem as grandes pautas, como combate a doenças, desenvolvimento econômico, educação, etc. Contato: com Jader Marin, pelo (47) 99975-1338.
Gang dos Patinhas – realiza trabalho de proteção animal, desde recolhimento de animais abandonados a busca de recursos para eventuais tratamentos – Contato: novos voluntários podem fazer contato com a Letícia pelo (47) 99257-5036.
Amigo Bicho – atua desde 2018 junto com demais grupos e protetores animais. O objetivo é estimular o respeito aos animais e ainda buscar o aprimoramento de leis de proteção – Contato: aceitam novos voluntários, basta entrar em contato pela página Amigo Bicho no Facebook. https://www.facebook.com/amigobichojaragua/
Sobre o artigo que você leu
“Faça Você Mesmo” é uma série sobre atividades, um espaço de inspiração e aprendizado pra quem está querendo inovar, construir, criar algo novo ou impactar sua comunidade. Você tem ai alguma dúvida sobre um procedimento e precisa de ajuda? Conta pra gente!
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