O Centro Histórico de Jaraguá do Sul é um prato cheio para quem gosta de relembrar tempos mais antigos e entender mais sobre o crescimento do município desde a sua fundação. São diversas edificações, monumentos históricos e atrativos para conhecer.
A colonização da área central do município iniciou por volta de 1895 e o desenvolvimento foi expressivo a partir da década de 1910, com a construção de novos pontos que impulsionaram o crescimento da cidade. São histórias que vêm e vão sem parar, mas, por onde começar a explorar? Veja um roteiro pela cultura e história da área central jaraguaense:
Estação Ferroviária II
Inaugurada em 1943 em estilo arquitetônico futurista, a estação operou com o transporte de passageiros até o início da década de 1990. Entre 1950 e 1970, foi um dos principais pontos do desenvolvimento econômico de Jaraguá do Sul, tanto no transporte de passageiros como no de cargas.
Até hoje, é considerada importante para o transporte rodoferroviário entre as regiões Sudeste e Sul do Brasil. Tombada pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) em 1998, foi restaurada em 2008 e atualmente abriga a Diretoria de Cultura de Semcel e o Museu da Paz – FEB.
Mercado Público Municipal
Construído em 1965, surgiu da necessidade dos agricultores terem um espaço público, na área central, para comercialização de seus produtos, o que durou cerca de um ano. A partir daí, foi destinado a várias repartições municipais, até o ano de 2002, quando foi restaurado e reinaugurado.
Edifício dos Correios
Construído em 1926, abriga até hoje o posto central da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Foi tombado pelo Comphaan em 2012.
Antiga Rodoviária
Construída em 1944, funcionou como rodoviária até a década de 1990. Foi restaurada, abrigou o Museu do Expedicionário e atualmente funciona como Terminal Central de transporte urbano.
Praça do Expedicionário
Também foi inaugurada em 1944, junto com a rodoviária sob o nome de Praça 29 de Outubro. Começou a ser chamada de Praça do Expedicionário a partir de 1985, por conta de um monumento que foi instalado para homenagear os pracinhas de Jaraguá do Sul e região, que combateram na Segunda Guerra Mundial.
Estação Ferroviária I
Construída em 1909, funcionou como estação ferroviária e depósito de cargas até 1943. Quando as operações de passageiros passaram para a nova estação, esta edificação passou a operar somente como depósito de cargas, sendo considerado na época, o maior depósito ferroviário de Santa Catarina. Nos anos de 1990 abrigou o Museu do Expedicionário e foi tombada pela FCC em 1998. Restaurada em 2008, atualmente abriga a Biblioteca Pública Municipal Rui Barbosa.
Marco Zero
Implantado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 1941, na Praça Ângelo Piazera, o Marco Zero é o ponto de referência do centro do município, que determina sua localização, entre latitude, longitude e altitude. É um bloco de concreto com cerca de meio metro de altura e formato semi-piramidal.
Em 2003, com a revitalização da praça, o Marco Zero recebeu destaque com a criação em mosaico da Rosa dos Ventos – indicando os pontos cardeais – e colocação de marcos em pedra bruta com os Símbolos do Município: a Bandeira, o Brasão e o Hino.
Museu Histórico Emílio da Silva
Em dez minutos de passeio pelas salas do Museu Emílio da Silva é possível aprender muito sobre Jaraguá do Sul. Com um pouco mais de tempo, a viagem é ainda mais rica em conhecimento. A construção iniciada em 1941, a edificação em alvenaria autoportante de dois pavimentos foi inaugurada em outubro de 1944, e idealizada para abrigar a Prefeitura, o Fórum e a Câmara de Vereadores.
Considerado na época um edifício de grandes dimensões, foi tombado pelo município em 2012. O museu foi criado em 1971, em 1988 foi designado o patrono, o Sr. Emílio da Silva, e em 2001 passou a ocupar o antigo prédio da Prefeitura, onde permanece até hoje. Através de seu acervo distribuído em salas temáticas, o museu retrata a memória de vida, os costumes e as tradições trazidas das diversas etnias formadoras do povo jaraguaense.
Possui um vasto acervo de fotografias, além de equipamentos fotográficos, instrumentos musicais das primeiras bandas da cidade, paramentos religiosos, armas e medalhas da prática de tiro ao alvo. O piso superior do museu é destinado às exposições temporárias, que são mostras sobre diversos temas ligados à cidade, ao estado e ao país.