A história da Barra do Rio Cerro se iniciou em 1891, quando o bairro começou a ser habitado. Desde então, a região passou a se desenvolver constantemente e hoje tem a movimentação típica de um centro urbano, mas mantém raízes que deixam claros os traços dos primeiros habitantes.
Nos costumes, na cultura, na forma de falar e até mesmo na arquitetura de casas, comércios, sociedades de tiro e monumentos, fica clara a presença da colonização europeia no bairro. Tudo é preservado cuidadosamente para exaltar o amor à tradição iniciada por italianos, alemães, húngaros, boêmios e descendentes de outras nacionalidades, quando as terras começaram a ser adquiridas.
Até hoje é muito comum ver pela região da Barra do Rio Cerro tobatas e tratores trafegando, por exemplo. Marcas como essas deixam claro que mesmo que o tempo tenha passado, parte da rotina continua sendo muito semelhante.
Na época da colonização, também havia uma grande ligação entre a região do Rio Cerro e do Rio da Luz, isso porque a estrada pela qual os colonos chegavam era a chamada “estrada velha”, que ligava os bairros, o que acabou intensificando a comunicação entre os moradores dos dois bairros.
Entre os pontos chave que fazem o bairro ter uma cultura tipicamente alemã, está a arquitetura, como as casas construídas na primeira metade dos anos 1900. Muitas são marcantes, como a Casa Rubini, que permanece intacta até os dias de hoje.
Outro ponto forte são as sociedades da região, como a Sociedade Recreativa 25 de julho, que constantemente promove ações e eventos com foco na cultura germânica. Entre os costumes e cultura trazidos pelos imigrantes em suas “bagagens” estão a festa de busca do Rei do tiro esportivo, as danças, a música e a culinária de origem germânica.
Para quem gosta de se deliciar com a gastronomia para criar lembranças inesquecíveis, a Barra do Rio Cerro também é o lugar certo. Padarias e restaurantes da região servem os mais deliciosos pratos típicos dos colonizadores, sabores vindos principalmente da Alemanha e Itália.
Muitos dos restaurantes do bairro têm uma pegada clássica e colonial, além, é claro, de uma decoração linda e uma mesa repleta de variados doces e bolos, cores, texturas, aromas e sabores diversificados. O café colonial é quase uma marca registrada da região, uma tradição trazida pelos imigrantes alemães e do leste europeu. Sempre bem completo, a refeição visava reforçar os colonos antes do dia de trabalho no campo.
Apesar do nome, pode ser degustado a qualquer momento do dia, com pães sovados, broas, focaccias, brioches, queijos de todos os tipos, salsichas alemãs, carne de porco, mel, panquecas e croissants.