A Design Produções venceu recentemente duas categorias do Prêmio Catarinense de Cinema, o principal edital de Santa Catarina no segmento. É a primeira vez que uma produtora do Norte de Santa Catarina leva o prêmio principal e também as duas categorias mais disputadas: produção de longa-metragem e de telefilme.
Como a regra do edital prevê a escolha de apenas um dos prêmios, produtora e parceiros optaram por ficar com a categoria de produção de longa-metragem, que possibilitará o primeiro filme de ficção de longa duração da cidade com um aporte de R$ 2 milhões de reais, oriundos do Governo do Estado de Santa Catarina, por intermédio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC).
A produção será realizada e finalizada no biênio 2023/2024 e, em 2025, estará nas salas de cinema e posteriormente no streaming. O filme “A Mãe do Ano” é um drama que explora a vida e os dilemas de Dudu, filho de rizicultores que vive em uma pequena cidade e estuda flauta transversal com a sexagenária esposa do pastor luterano. Sua vida é um embate constante com a família e o lugar em que vive.
Selecionado para um festival de música em Jaraguá do Sul, Dudu conhece três mulheres que vão mudar sua vida: uma linda mulher de meia-idade que lhe ensina o que é amar e sofrer, uma estudante que lhe mostra o gosto agridoce de uma amizade verdadeira e a rígida professora do festival. Dudu descobre que só o talento é muito pouco para construir uma carreira na música. O filme aborda a formação de um jovem e o fim de suas ilusões.
As locações e cenários são todos aqui da região, rica em arrozais, e também nas ruas de Jaraguá do Sul e na Scar. O ator Guilherme Fernandes (com passagens por novelas e séries globais) já está confirmado no elenco. “A mãe do ano” tem coprodução com a GA Moretti Produções, também de Jaraguá do Sul, e com a Cinerama BC Filmes de Balneário Camboriú, com apoio da Scar Centro Cultural e contrato de distribuição com a Elo Studios.
A Design Produções tem 16 anos de história e é capitaneada pelos escritores, roteiristas e produtores de cinema, Carlos Henrique Schroeder e João Chiodini. A direção ficará a cargo de André Gevaerd, que já adaptou duas histórias de Carlos Henrique Schroeder para os cinemas: “Copi” e “O que resta”.
“Enquanto escrevia o argumento e o roteiro (com João Chiodini), tinha isso sempre em perspectiva: produzir uma história profunda e acessível. É possível criar grandes dramas com olhares afetuosos e foi dessa forma que trabalhamos. Será um filme fácil de assistir e de de gostar, mas que deixará marcas no espectador”, explica Schroeder.
Trata-se, de acordo com Chiodini, de uma vitória para o audiovisual da região. “A cidade não será apenas o cenário de um filme, mas a história foi escrita por gente daqui e vamos contratar profissionais daqui também. Os que virão de fora darão oficinas, será um processo que vai deixar um legado real para a cidade”, afirma.
A diretora-executiva do Centro Cultural Scar, Edilma Lemanhê lembra que em 2023 haverá um cineclube e cursos de audiovisual, completando um ciclo.o prêmio rendeu uma carta de apreço pelo resultado, assinada por lideranças políticas, empresariais e culturais da região como o prefeito Jair Franzner, o deputado federal Carlos Chiodini, os deputados estaduais Antídio Lunelli e Vicente Caropreso, a secretária de Cultura, Esporte e Lazer, Natália Lúcia Petry, além da presidente da Associação Empresarial de Jaraguá do Sul, Ana Clara Chiodini e do presidente do Conselho de Administração da Scar, Giuliano Donini.
Com informações da Prefeitura de Jaraguá do Sul