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Certamente quem já esbarrou com a dona Ilca Meier, 67 anos, e a neta Valentine, de 9, passeando com seus gansos ao redor da lagoa do Parque Malwee, deu uma apertada nos olhos para garantir que não estava vendo coisas.
Tem algo extraordinário na cena de uma senhora sendo seguida por uma fila perfeita dessas belas aves, que ficam atentas a cada comando em alemão.
“Komm” indica que é hora de seguir, “schnell” faz o ritmo da caminhada acelerar, e o braço esticado é suficiente para fazer eles pararem.
Dona Ilca é vizinha do Parque e conta que a história de passear com os gansos começou em setembro do ano passado, com a neta Valentine. Primeiro, a menina começou a levar um ganso na caixa até o pasto, onde a família tem roça.
Valentine conta que os bichinhos, que nasceram na propriedade, gostavam de seguir ela. “Ganso aprende fácil, como esses daqui. Eu fiquei duas semanas ensinando eles e estão aí”, conta.
Juntas, avó e neta começaram a andar pela rua com esses 5 gansos, irmãos de uma mesma ninhada.
A brincadeira, comenta a aposentada, só foi possível por “não tem muita coisa pra gente fazer” – se referindo às restrições da pandemia de Covid-19 que a fizeram passar mais tempo em casa.
“A gente ia sempre na rua, aí o guarda disse: porque vocês não entram no parque? Eu disse: pode? E daí nós começamos a entrar. Primeiro sempre um pedaço, aí íamos sempre um pouco mais longe”.
Agora, o passeio virou um ritual esperado pelas próprias aves. Ilca conta que cedo pela manhã os gansos Romeu, Sofia, Marcos e Lina – um deles ganhou muito peso e abandonou o exercício diário – estão no portão.
“Agora eles estão desistindo um pouco por causa do acasalamento. Mas antes a gente nem estava prontas e eles estavam chamando”, conta.
O passeio só não acontece aos sábados e domingos por conta da grande movimentação no parque – que assusta as aves.
Leva em média 45 minutos para a comitiva dar a volta completa na lagoa principal, com uma parada para comer um pão e tomar uma água.
“O jeito que eles andam atrás de nós, eles andam bem certinho. E quando estamos lá trás eu digo: vamos parar um pouco, mas digo em alemão. Eles olham e param”, conta Ilca.
Além de alegrar a Ilca e a Valentine, as caminhadas encantam quem vê a cena. Fotos e vídeos se espalham pela internet.
Ilca comenta que algumas pessoas têm medo, mas as aves ficam “de boa”, seguindo sempre o comando das duas. Outras perguntam se os animais são do parque, querendo também dar um passeio com eles.
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