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Primavera chegou e com ela, uma efervescência de cores, sons e atividade nas matas. É agora que começa o melhor período para uma atividade que atrai muitos jaraguaenses: o chamado birdwatching ou passarinhar, na versão brasileira do termo.
O biólogo da Fujama (Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente), Christian Lempek, explica que Jaraguá do Sul consegue ter uma variedade grande de espécies por ter em torno de 40% do seu território coberto pela Mata Atlântica.
“Claro que vão ter espécies mais raras que vão ser localizadas, vão ser avistadas em lugares mais conservadas, na região do Jaraguazinho, na região do Manso, onde tem fragmentos de florestas mais conservadas e maiores”, comenta.
Na plataforma online Wikiaves, que reúne uma comunidade de biólogos e observadores de pássaros por todo Brasil, existem mais de 365 espécies de pássaros registradas no município por 61 observadores.
Para levar esse conteúdo formado por fotos incríveis dessas aves, um grupo de avistadores criou a página Aves de Jaraguá do Sul no Instagram.
Onde observar aves?
Em qualquer espaço com natureza preservada será possível observar algumas espécies. Mas, como Christian destacou, para ver pássaros mais raros, é preciso realmente entrar na mata.
“Nos temos a Pousada Rio Manso que disponibiliza de trilhas para o avistamento de aves, nós temos o Parque Malwee, o Morro Boa Vista. São grandes áreas conservadas que abrigam espécies raras e de difícil avistamento”, diz.
No entanto, tenha em mente que é uma atividade que exige dedicação, silêncio e real integração com o meio ambiente. “É claro, tem que ter calma, não é todo dia que você vai conseguir ver uma ave”, ressalta.
Essa atividade tem tantos adeptos por aqui que a Fujama chegou a planejar um dia de observação de pássaros – o evento precisou ser cancelado por conta da pandemia, mas deve acontecer nos próximos anos.
- Que espécies posso avistar por aqui?
Bom, são quase 400 tipos diferentes, só entre as que já foram catalogadas. Então, tem muita coisa para explorar. Tem saíras, tem canarinhos, tucanos, periquitos…
Mas para deixar essa história de avistar pássaros mais instigante, o Christian e as passarinheiras Juliana Hiendlmayer e Elenice Griboski prepararam uma lista com 10 espécies exóticas e difíceis de avistar – mas que já foram flagradas por eles.
Caburé-miudinho
O caburé-miudinho é uma das menores corujas. Também conhecido como caburé, caburezinho, caburé-do-sol e caburé-ferrugem.
Gavião-pega-macaco
É uma ave de rapina também conhecida como apacanim-preto, recebe nomes indígenas de Uirucotim (algumas regiões do Centro-oeste, sudeste e norte) e urubitiga (especialmente no norte).
Gavião-pato
Também chamado de águia-viúva. Esta espécie é encontrada nas bordas de florestas conservadas e com pouca alteração causada pelo homem.
Bico-de-pimenta
Esse carinha é conhecido também como pimentão e bico-de-fogo.
Araponga
É inconfundível. Araponga é nome indígena e vem de ara (ave) e ponga (soar). Por que será?
Tiê-sangue
Ave símbolo da Mata Atlântica, também conhecido como sangue-de-boi, tiê-fogo, chau-baêta, japiranga e tapiranga, é uma ave sul-americana reconhecida pela beleza de sua plumagem vermelha.
Peixe-frito-pavonino
Presta a atenção na cauda desse pássaro!
Patinho-gigante
Esse é um fofinho. O patinho-gigante é uma ave inconfundível devido ao seu bico ser completamente achatado, de onde nasceu o nome comum de patinho.
Maracanã-verdadeira
Também é conhecida pelos nomes de arara-pequena, ararinha, maracanã, mulata-maracanã e papagaio-de-cara-branca. Essa espécie é classificada como vulnerável a extinção
Pica-pau-rei
É considerado o maior pica-pau do Brasil, destaca-se por sua robustez e beleza, com cabeça e pescoço vermelhos e peito barrado de branco e preto.
Socó-boi-baio
Como se vê na foto, uma das características desse pássaro que havia áreas alagadas é ser um caçador paciente, ficando frequentemente imóvel por longos períodos enquanto aguarda a presa se mover dentro do alcance.
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